Gamificação? Muitos desconhecem seu significado e, por consequência, não compreendem o imenso impacto que ela pode ter, seja na promoção de hábitos saudáveis, no modo como as grandes corporações de hoje engajam seus funcionários e na educação.
A gamificação já está entrelaçada em nossa rotina, marcando presença em universidades, mídias sociais, estratégias de marketing e no ambiente corporativo.
Agora, o que está realmente por trás desse termo e como a RadarFit utiliza essa estratégia para revolucionar a vida das pessoas?
Desvendando a Gamificação: O que realmente significa?
Ao falarmos de gamificação, não estamos nos referindo diretamente a jogos tradicionais. Estamos falando de estratégias inspiradas em elementos de jogos, aplicadas em cenários do cotidiano com um propósito definido.
Amplamente adotada em treinamentos corporativos, experiências educacionais e iniciativas de saúde, a gamificação recorre às dinâmicas e características lúdicas dos jogos para engajar, motivar e aprimorar processos de aprendizagem.
Há diversas interpretações e métodos para implementar a gamificação. No entanto, alguns elementos são fundamentais e são vistos como a base desse tipo de abordagem, mais à frente no texto iremos falar sobre eles, mas antes vamos ver algumas informações sobre como o universo dos games está presente na vida das pessoas.
Números e Tendências da Gamificação
O apelo da gamificação tem sido crescentemente reconhecido como uma das melhores formas de engajar as pessoas em programas de treinamento e ensino, entre outros.
A razão por trás disso é muito fácil de ser descoberta.
A Pesquisa Game Brasil de 2022 revela que os jogos eletrônicos integram a rotina de 74,5% dos cidadãos no país. Durante a fase de confinamento devido à pandemia, 41,7% dos participantes confirmaram ter intensificado o tempo diário dedicado aos games.
Um dado adicional do estudo que é bem revelador, é a predileção dos jogadores por plataformas específicas. Surpreendentemente, 48,3% apontaram os smartphones como sua plataforma principal para jogar, uma cifra consideravelmente superior à dos consoles de videogame, que ficaram em segundo lugar com apenas 20% da preferência. Isso indica que a plataforma mais adorada pelos jogadores é também a mais prática e já se encontra, literalmente, ao alcance das mãos de muitos.
O setor de gamificação cresceu muito, e em 2015 ultrapassou a marca de U$2 bilhões, conforme reportado pelo Huffington Post.
Há registros, segundo o Huffington Post, de que desde 2010, mais de 350 grandes corporações iniciaram projetos significativos de gamificação. Essa lista inclui gigantes como Adobe, NBC, Walgreens, Ford, Southwest e eBay.
Nos EUA, o número de gamers ativos alcançou 183 milhões, com uma média de 13 horas de jogo por semana, de acordo com Ryan Jenkins.
O Desafio de promover hábitos saudáveis
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, até 2030, estimativas apontam que aproximadamente 500 milhões de indivíduos enfrentarão condições como doenças cardíacas, obesidade e outras enfermidades oriundas do sedentarismo.
Além disso, uma pesquisa conduzida pelo Brazil – U.S. Business Council e U.S. Chamber of Commerce indica um crescimento nas incidências de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e câncer. O impacto econômico dessas condições pode representar até 8,7% do PIB brasileiro em 2030.
Ao investir em soluções tecnológicas voltadas à promoção de estilos de vida saudáveis, podemos enfrentar este desafio na fase mais eficaz: a prevenção e o cuidado proativo.
Os jogos, neste contexto, vão além do simples entretenimento. Eles emergem como ferramentas para transformar tarefas necessárias, e por vezes monótonas, em experiências motivadoras e envolventes.
Identificando Barreiras para um Estilo de Vida Saudável
A jornada começou com a identificação dos principais desafios que impediam as pessoas de perseguir um estilo de vida saudável.
Uma das barreiras identificadas era a percepção de que a prática de exercícios ou uma alimentação equilibrada não trazia recompensas imediatas.
Esta visão é influenciada pelo fato de que, quando ingerimos alimentos como pizzas e hambúrgueres ou quando cedemos à inatividade física, a gratificação é instantânea. Em contraste, ao escolher um caminho saudável, os benefícios são percebidos apenas a longo prazo.
A sensação de falta de tempo também se destacou, com muitos acreditando ser inviável equilibrar uma rotina agitada de trabalho ou estudo com um estilo de vida saudável.
Então, como a gamificação pode ser a solução para superar tais obstáculos?
Ao gamificar a trajetória rumo a um bem-estar melhor, a RadarFit proporciona um impulso motivacional extra para aqueles determinados a trilhar esse caminho.
Como Transformar Hábitos Saudáveis em um Jogo?
A primeira etapa para o jogador é definir sua missão: qual será o seu objetivo dentro do jogo? Isso pode ser ganhar massa muscular, consolidar rotinas saudáveis ou emagrecer.
Em seguida, o aplicativo propõe uma variedade de tarefas que simbolizam os hábitos saudáveis que o jogador deve incorporar. Estas incluem um plano alimentar personalizado, exercícios físicos que podem ser feitos em qualquer ambiente, lembretes para manter-se hidratado e práticas de saúde mental e atenção plena (mindfulness).
A Estrutura de um Jogo Saudável: Como Funciona?
1. Metas claras
Todo jogo inicia-se com um objetivo claro. Esta meta direciona e motiva os jogadores, mantendo-os engajados e focados ao longo da jornada.
2. Regras bem definidas
O cerne de qualquer jogo reside em suas regras. Essas diretrizes não só apontam para o objetivo final, como também delimitam a trajetória a ser seguida, indicando os meios e mecanismos para avançar no jogo.
3. Recompensas e retorno imediato
Para manter os jogadores motivados, é essencial proporcionar recompensas e feedbacks. Enquanto feedbacks positivos celebram o sucesso, como avançar de fase, os feedbacks negativos servem como alertas ou penalizações, sinalizando desvios do objetivo.
4. Foco no Aprendizado
Este elemento é crucial quando se fala em gamificação em contextos corporativos ou educacionais. A jornada no jogo também é uma oportunidade de aprendizado e crescimento.
5. Desafios Estimulantes
Os desafios oferecem outra camada de engajamento, eles devem ocorrer como uma atividade extra, de tempo limitado, e que podem ser realizados para garantir recompensas bônus.
A Força da Gamificação para Engajar
A gamificação surge como um potente recurso neste panorama. Ela incorpora princípios e técnicas dos jogos em contextos do dia a dia, buscando amplificar o engajamento e a motivação em atividades como capacitações, ensino e gestão de equipes.
A eficácia da gamificação é potencializada pela dinâmica de metas e gratificações. Nesse tipo de programa, o usuário é incentivado a alcançar certos alvos em troca de um prêmio ou reconhecimento.
O que os colaboradores procuram no local de trabalho?
Manter uma equipe engajada e incentivada é um processo recíproco. Enquanto gestores proporcionam vantagens, os colaboradores, em resposta, buscam oferecer seu máximo à organização.
Um estudo da renomada consultoria Great Place to Work (GPTW) destacou os elementos cruciais que motivam um colaborador, ou aspirante a um cargo, a se aliar a uma empresa. Os resultados são:
- 46% Oportunidades de ascensão profissional
- 22% Bem-estar no trabalho
- 14% Alinhamento de valores
- 14% Salário e vantagens
- 2% Segurança profissional
- 2% Abstenções
É notável que a compensação monetária surge apenas na quarta colocação, em paridade com o alinhamento de valores. A busca por bem-estar no trabalho e oportunidades de ascensão encabeçam as prioridades dos profissionais. Desconsiderar esses dados pode ter um preço elevado para o negócio.
Desafios como grande rotatividade de pessoal, gastos associados à seleção e capacitação de novos colaboradores, obstáculos em ocupar posições, elevado índice de faltas, equipes desmotivadas e declínio na produtividade podem comprometer a posição competitiva da empresa no setor. O antídoto para tais desafios é estruturar um ambiente laboral que atenda às aspirações dos colaboradores.
Reconhecimento: A Chave para Melhorar a Produtividade da Equipe
O mundo corporativo está em constante transformação, e na era digital, essa mudança é ainda mais veloz.
Duas décadas atrás, a mentalidade predominante era a de que um salário justo e os benefícios previstos em lei eram suficientes para garantir o comprometimento do colaborador. Como se, automaticamente, esse pacote garantisse a dedicação total ao trabalho.
Entretanto, a realidade atual é bem diferente. Os talentos de hoje buscam muito mais do que um simples salário. Eles almejam significado, crescimento e um propósito alinhado aos seus valores.
Ao lidar com recursos humanos, estamos tratando de vidas, emoções, ambições e das histórias individuais de cada colaborador, e não apenas de meros dados ou estatísticas.
No fim do dia, quando um talento chave da sua organização pondera entre continuar na sua empresa ou migrar para a concorrência, ele avalia o que é melhor para sua trajetória e para aqueles que o cercam.
E é aqui que o reconhecimento por um bom trabalho prestado faz a diferença. As corporações mais prósperas e inovadoras estão voltando seus olhares para estratégias de engajamento e valorização de seus colaboradores, buscando inspirá-los a dar o seu melhor, por um período mais prolongado.
A gamificação na promoção da saúde no mundo corporativo
Dentro das empresas, a gamificação se destaca como uma ferramenta inovadora para implementação de programas de bem-estar e saúde.
Tais programas, por meio da gamificação, têm o intuito de motivar os funcionários a adotar estilos de vida saudáveis de forma lúdica, premiando suas conquistas a cada progresso feito.
Através de incentivos e recompensas, o colaborador é constantemente encorajado a persistir na busca por hábitos melhores.
A jornada rumo a um estilo de vida mais saudável traz benefícios incontestáveis ao indivíduo. No entanto, a empresa também colhe frutos dessa iniciativa. Ao promover um ambiente de trabalho voltado ao bem-estar e ao foco no ser humano, constrói-se uma cultura organizacional sólida e uma imagem positiva no mercado. Essa reputação atrai tanto consumidores quanto profissionais talentosos, que enxergam a empresa como um lugar desejável para trabalhar.
Uma atmosfera corporativa pautada no bem-estar implica, ainda, em menor incidência de estresse e burnout entre os colaboradores, refletindo em uma menor taxa de turnover. Esse cenário, por sua vez, diminui o tempo e recursos gastos com recrutamento, seleção e treinamento, otimizando a produtividade das equipes e a alocação de recursos.
A gamificação e o bem-estar dos colaboradores
Garantir o bem-estar e a satisfação dos funcionários é um desafio constante nas organizações. Embora as recompensas financeiras sejam importantes, muitas vezes, elas não são suficientes para garantir a satisfação plena dos colaboradores.
Na verdade, fatores mais subjetivos, como realização pessoal e alinhamento com os valores da empresa, podem pesar mais na decisão de um colaborador de permanecer em um cargo.
Entendendo o coração da equipe
Antes de mergulhar em qualquer estratégia voltada para os colaboradores, é fundamental entender o que realmente os motiva. Isto é, quais são suas aspirações, valores e metas pessoais.
Uma pesquisa realizada pela renomada consultoria Great Place to Work (GPTW) revelou que o crescimento profissional e a qualidade de vida estão no topo da lista de prioridades dos colaboradores, seguidos de perto por alinhamento de valores e compensações.
Recompensas como propulsores de engajamento
Considerando as motivações dos colaboradores, fica claro que, além da ascensão profissional, a qualidade de vida e a identificação com os valores da empresa são determinantes. Dessa forma, programas de saúde, bem-estar e incentivos se mostram como poderosas ferramentas para estimular o engajamento e a satisfação dos colaboradores. De fato, empresas que perceberam isso estão saindo na frente no mercado.
Além disso, dados da Associação de Marketing Promocional (Ampro) e do Sebrae mostram que 56% das empresas já adotam programas de incentivo e recompensa para seus colaboradores. Ademais, o crescimento previsto para esse mercado é significativo, podendo atingir R$ 19 bilhões até 2025.
Portanto, ignorar essa tendência pode comprometer a posição competitiva de uma empresa. Se a meta é se destacar e atrair os melhores talentos, o foco deve ser no capital humano, que é o ativo mais precioso de uma organização.
Não é surpresa, então, que empresas que adotaram nossas soluções observaram um aumento de produtividade entre 20% e 25% em suas equipes. Além disso, houve uma redução de 30% nos níveis de estresse e ansiedade e uma diminuição de 45% nos casos de afecções cardíacas e renais.